quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Muros (ou pontes)

As pessoas mantêm relações de várias naturezas, e não me refiro à "classificação" ou tipo delas. Existem relações pessoais e impessoais, para começar. Dentro delas, existem as relações de amizade, as profissionais, as de mera convivência, as de tolerância, de afeto genuíno, as de amor...

O problema é que a gente é muito dado às nossas manias, e sempre acabamos dando preferência ao tipo de relação que mais gostamos, que mais nos identificamos e sentimos bem. Daí porque esquecemos de nos relacionar pelas outras diversas modalidades.

Talvez daí venha o egoísmo, que precisa, como pressuposto de existência, ou pelo menos de subsistência, da generosidade. E o que não falta são os junkies de generosidade, gente que é mesmo viciada em dar, provavelmente para manter algum tipo de controle.

E por aí vamos nos apegando aos nossos vícios, aos nossos modos, às nossas manias, sensações e sentimentos prediletos.

Mas, falando a verdade, um tipo de relação parece que ganha, de longe, na preferências de nós humanos adictos: a relação sexual. A ponto de todas as outras relações passarem pelo filtro do sexo, da sedução, do flerte.

Dureza, literalmente.

Usemos camisinha, pelo menos. Tudo limpo, hígido e impessoal, e também insípito, incolor e inodoro, como todo mundo gosta.

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