terça-feira, 11 de setembro de 2007

Do nada ao nada

Praça é muito massa. Principalmente em cidade grande, dá a impressão de um mundo paralelo, mais aconchegante, reconfortante.

Quando a praça é praça mesmo, grande, imponente, parece outro mundo, trespassado e sobreposto ao mundo comum. Igual, mas diferente, a começar pelo som. Uma ilha rodeada de realidade por todos os lados.

Mas tem uma coisa que sempre que incomodou: a existência de dois tipos de caminhos de praça. Um, é o dos caminhos de cimento, pedra, etc, feitos pela prefeitura ou sei lá eu quem. O outro, é o das mini trilhas no meio da grama, atalhos usados por quem passa.

Os primeiros são longos, cheios de 90 graus e fazem você andar mais, sempre.

Os segundos geralmente são a menor distância entre onde se entra e onde se sai da praça, percorrendo uma linha reta entre os dois pontos; eles é que são os caminhos efetivamente usados pelo povo. São, no fim das contas, os caminhos de verdade; já eram, antes de serem.

Haverá um motivo oculto pra essa renitência em ignorar o caminho natural das coisas?

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas as "coisas" há muito nao seguem o curso natural e questionar se existiu ou existiria um caminho natural a ser seguido, ja nao seria entao outra questao que se sobrepoe à sua? Aguardo cenas do proximo texto decente como esse...

Anônimo disse...

Inobstante a pontos de vistas diferentes, ou seja, de uma pessoa achar melhor um caminho a outro, sempre haverá a do contra, em que, mesmo diante da melhor opção, prefere criar uma nova. Por outro lado, os caminhos são diferentes porque as pessoas são diferentes. assim como existem pessoas a pisarem na grama, sem peso na consciência, tb com elas coexistem aquelas que preferem o duro chão da correta atitude. Fazer o que? se cimentasse a grama e gramasse o cimento, tudo continuaria na mesma...