sexta-feira, 6 de novembro de 2009

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Há pouco tempo entrei numa livraria para procurar um livro.*

Enquanto eu examinava a profusão de cores ao meu redor e me lembrava que, em relação às livrarias do mundo real atual, a minha imagem mental de uma livraria, formada na minha infância, parece mais uma caverna filmada em preto e branco (ou black and white, como diria o miguel filho do jack), a moça vem e me pergunta se pode me ajudar. Respondo que procuro determinado livro, ao que ela me diz: ah, é aquele de auto-ajuda, né?

Aquela colocação me provocou uma profunda reflexão de um nanosegundo - alguma coisa estava fora da ordem. Pois veja, se se considerar que aquele livro pode, de alguma forma, ajudar alguém, como dizer que se trata de auto-ajuda, se não fui eu quem o escreveu? O bom samaritano ou é o autor ou, pra ser bem gnóstico, o próprio livro. Eu? Não.

Fora que, se aquele livro, ou qualquer outro, é de auto-ajuda, qual não será?

Saí de lá intrigado. Passei num sebo e comprei o livro.





*Não...

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