Na vida de um homem, passam alguns homens. Um cara tem várias histórias com outros caras, afinal de contas esse lance que mistura afinidade sem motivo com algumas outras coisas, e que foi denominado amizade, é um vínculo muito forte, talvez o mais forte dentre os vínculos voluntários. Acho que só o fato de ter a capacidade de ignorar vários preconceitos, inignoráveis por outros tipos de relação, já mostra sua força.
Passam, entretanto, muito mais mulheres que homens na vida de um cara.
O porquê disso, acho que cada um tem o seu. Mas as meninas estão aí, por todos os lados, te olhando com todo o tipo de olhar que existe.
O lance é que os sentimentos pelas outras pessoas não são estanques e nem exclusivos, de forma que as relações misturam características de vários deles, e talvez a gente identifique qual é apenas pelo trejeito preponderante (que também é mutante), ignorando o resto.
Eu diria que até mesmo as sensações são assim, o que possibilita a alteração da percepção do mundo pelos sentidos, como se a realidade, incluindo as relações humanas, fossem na verdade uma faixa de frequência.
Por isso gosto de gente que consegue oscilar um pouco a sintonia - dá para vibrar um pouco usando a antena alheia (num sentido totalmente não-sexual), para abordar a realidade com outra atitude, aprofundando um pouco mais o contato direto com o mundo, que ao mesmo tempo é o contato direto consigo próprio.
E fazer isso com uma menina, aí é que é legal. O que ela capta é muito diferente do que capto eu. Acho que um brasileiro é mais parecido com um bielorusso do que com uma brasileira, então dá pra aprender a falar até esperanto.
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Um comentário:
yeah!
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