Descobri que a grande maioria das preocupações são inúteis, que perco tempo com coisas sem valor, sem sentido, sem nenhuma importância.
Descobri que a minha relação com todas as pessoas do mundo é a minha relação comigo mesmo, com meu próprio ser.
Daí porque a maior besteira de todas, a maior e mais perigosa de todas as piadas, é a guerra. A guerra é um estado constante entre as pessoas, e sendo assim, é um estado interior incessante. Querer aniquilar outra pessoa é a busca pela auto aniquilação. Cada soco proferido atinge o próprio estômago.
A nefasta ironia é que basta um gesto seu para que tudo isso acabe, para que todas as desavenças sejam dissolvidas. Basta ceder. Só isso. No trânsito, é dar preferência a quem não tem. Na briga, dar razão a quem estiver errado. Na rua, sorrir para quem te insulte, pergunte qual foi seu erro, olhar com verdade nos olhos de quem queira te ofender. Ser inocente. Encarar as pessoas de peito aberto, e não de punho fechado. Entenda que quando um não quer, ninguém briga. Dizer a verdade a quem mente, revidar o tapa na cara com um abraço. Buscar sempre a alteridade, e nela, a compaixão. Muito mais importante que a vitória, é a paz.
Internalizar a consciência de que forte é quem age como quer, e não quem reage como os outros querem; é dominar a si mesmo, e não ser dominado pelo lobo carniceiro que governa o outro.
Sirva a Vênus, não a Marte.
No fim das contas, ceder ao outro é dar espaço para o seu próprio Ser, e aceitar o outro é aceitar a si mesmo.
A escuridão não pode ser vencida com mais escuridão, só com a luz.
Ceder é muito mais fácil que perdoar, já que não existirá porrada a ser esquecida, por que ela nunca terá acontecido.
Vi que em algumas situações, talvez as mais importantes, o meu amado significado preciso das palavras tem serventia reduzida, porque vale mais a mágica que a gramática. As palavras são encantamentos, que são muito mais poderosos que o convencimento.
Posso pedir desculpas estando completamente consciente de que não as devo, o que não tem sentido, pelo olho da razão e da lógica. No entanto, posso estar consciente o bastante para usar o efeito que um pedido de desculpas geralmente tem, que é de dissolver conflito. Tinner de treta.
É igual com o perdão. Se você diz a alguém que o perdoa, mas não tem tanta certeza, o efeito mágico da palavra reverbera e acaba influenciando o próprio sentimento de perdão a aparecer. É como se a pronúncia da palavra invocasse determinado entidade, que você internaliza se estiver aberto. Do outro lado, mesma coisa, porque a pessoa vai ser afetada na mesma hora, e aos poucos vai se sentindo perdoada. E aí acaba a parada.
A conversa de que dar um boi pra não entrar numa briga e uma boiada pra não sair é o estandarte da ignorância. Aliás, a origem da palavra ignorância com certeza deve ser alguma coisa do tipo "sem luz", "sombrio", etc. O negócio tinha que ser dar uma boiada pra sair da briga e não entrar em outra nem ganhando outra manada.
Conseguir dominar o instinto agressivo não é fácil, é necessário estar sempre alerta, atento e forte. Forte pra se render. MIlhares de anos de guerra imprimem uma memória e condicionamentos profundos na gente, que não vai ser apagado de uma hora para outra.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Quem vê, sabe
A medida de todas as coisas é a cara-de-pau.
A desmedida é a paixão.
A unidade de todas as coisas é o amor.
A desmedida é a paixão.
A unidade de todas as coisas é o amor.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
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